'/> ·ï¡÷¡ï· V I D A Humana·ï¡÷¡ï·: Rarindra Prakarsa.

fevereiro 28, 2009

Rarindra Prakarsa.



Por vezes tentamos encontrar a maneira exata de transmitir um pensamento... algo que já esteja claro dentro de nós precisa ser transmutado... precisamos encontrar a união perfeita das palavras, o que nem sempre é possível e mesmo que fosse, não garantiria o entendimento... muitas pessoas simplesmente não entendem... é o chamado “analfabetismo funcional” em que não faz muita diferença as palavras que utilizamos...

Mas algumas vezes é mais fácil... basta uma imagem para expressar o que queremos...

“Uma imagem vale mais que mil palavras...”

Um trabalho inspirador é o do fotógrafo indiano Rarindra Prakarsa...

Pessoas, lugares, objetos e animais são como palavras e cada imagem me parece um verso que pode, por quem quiser, ser utilizado na construção de uma poesia particular...

Postei alguns de seus trabalhos em um álbum no Netlog, porém, muitos mais estão pela internet...

- http://pt.netlog.com/ar_regis/photo/setid=120961




A conversa citada abaixo aconteceu no site Orkut.

Glória Maria.

Allan

a falta de entendimento faz parte do pecado original , (e hereditário); demorei a perceber e entender esse problema entre nós seres humanos. Numa conversa informal com uma mulher conceituada espiritualmente, ela me disse : "eu deixo de entender o que vc fala?", é "porque temos uma igual espécie" " as pessoas deveriam se esforçar por entender o que se diz, o que o outro diz, isso faz parte tb da educação , cultura e compreensão, em vez de sair por aí julgando e condenando o outro !"...

a igual espécie facilita o entendimento entre os seres humanos, não somente com as palavras (conversas, discursos, palestras, etc), mas tb nas atitudes, opções e conceitos...e, claro, nos relacionamentos . Contudo a mulher tem toda razão e foi sábia no que me explicou . Hoje em dia, as pessoas têm um péssimo hábito de mentir e inventar coisas, seria bem melhor se esclarecessem as dúvidas e o desentendimento .

Já vivi na pele a transformação do que falo numa coisa totalmente diversa do que falei. O contrário tb acontece. Será que isso é a lenda da famosa "Torre de Babel, da Bíblia, onde de repente ninguém mais se entendia e falavam línguas diferentes?"

Cheguei à conclusão que não posso mais parar prá esse tipo de coisa. Não quero mais ter preocupações e desilusões com tais pessoas. Pretendo atravessar o rio sem isso na mochila!


Allan R. Régis.

Pois é Glória, se consideramos a questão da falta de entendimento de um ponto de vista espiritual e se nos baseamos no que a Mensagem trás (pois nos dois a conhecemos e, provavelmente, a maioria das pessoas desta comunidade), então, temos que um dos efeitos do desenvolvimento do que chamamos “pecado original” é o “enrijecimento” em certos conceitos.

Este “enrijecimento” faz cada um crer ter uma visão muito ampla seja lá do que for, e como cada qual acredita estar certo naquilo que segue (pois não é normal que alguém siga um caminho, sabendo que ele é errado), naturalmente irá defender sua posição. Vejo que outro efeito do “pecado original” e do “enrijecimento” é a incapacidade de se colocar em dúvida o próprio julgamento, o que toca, de certa forma, em vaidade...

" as pessoas deveriam se esforçar por entender o que se diz, o que o outro diz, isso faz parte tb da educação , cultura e compreensaõ, em vez de sair por aí julgando e condenando o outro !"...

Este “esforço por compreender o que o outro diz” é igualmente visto por mim como algo sadio. Vale a pena, já que trata do que motiva alguém a este “esforço”... o querer compreender é o motivo...

“Educar, podemos dizer, significa ajudar a acordar, ajudar a encontrar no próprio ser o ímpeto, a saudade, a vontade de movimentar-se e buscar e descobrir, de crescer, de progredir. E educar significa também aprender a lutar, aprender a intensificar a existência e cumpri-la com decisão e consciência. Educar, basicamente, é ajudar a assumir a vida; é levar o ser a procurar e a aspirar à verdade, a sentir e chamar a luz e a força encobertas nele mesmo; fazê-lo perceber a grande possibilidade que a vida é, o que com ela recebemos, e aprender, conscientemente, a querê-la, vivê-la, dá-la.”
(Rolf Gelewski)

Também acredito que a igual espécie facilite a comunicação, mas como são bem diversos os interesses humanos, temos então uma grande variedade de espécies, sendo assim, a facilidade de comunicação, efeito natural da mesma espécie não significa que essa igual espécie esteja realmente buscando algo “elevado”. Sei que você não escreveu nada com este sentido, estou apenas deixando claro meu ponto de vista.

“Hoje em dia, as pessoas têm um péssimo hábito de mentir e inventar coisas, seria bem melhor se esclarecessem as dúvidas e o desentendimento ".

É, seria mesmo... mas é preciso certa dose de coragem para algumas ações que por fim, podem simplesmente ser interpretadas como ruins por quem não se dispõe a compreender os motivos.

Não posso negar que o argumento é circular, pois ele serve em todo caso e de qualquer lado, então, a diferença está, assim me parece, na comparação daquilo que se apresenta como fato, nas tais evidências... acredito que seja a comparação, a análise que ajudem cada um a separar o que seja mentira/invenção, do que seja verdade. Infelizmente ignorar fatos é uma solução comumente abraçada, embora nem sempre pelos mesmos motivos...

É o caminho que acredito hoje, ser certo, embora seja duro.

“Já vivi na pele a transformação do que falo numa coisa totalmente diversa do que falei. O contrário tb acontece. Será que isso é a lenda da famosa "Torre de Babel, da Biblia, onde de repente ninguém mais se entendia e falavam linguas diferentes?"

Talvez seja mesmo a “Torre de Babel”... também já senti coisas parecidas com o que você deixou. Refleti sobre o tema por muitas vezes e cheguei a seguinte conclusão:

Nem sempre posso dizer que o outro é culpado por não compreender minhas idéias, pois eu também estou sujeito aos efeitos do “pecado original” e do “enrijecimento”, então, é bem possível que o problema tenha solução mais simples, pode ser que eu simplesmente não tenha conseguido encontrar a forma adequada para expressar o que quero e que, por isso o outro não compreenda...

Também, como cada qual acredita estar certo, sempre certo, na sua capacidade de avaliar e julgar, pode a própria pessoa ao invés de procurar esclarecer alguma questão ou de, por outro lado, refinar o modo de expor seus pensamentos, simplesmente dizer que o outro não a compreende por culpa dele mesmo...

Acredito que existam pessoas que não vão mesmo dar bola para argumentos, elas acreditam estarem certas e seguirem a verdade, e ponto... porém, existem outras que com certeza compreenderiam, se a exposição fosse mais clara.

O contato frente a frente é muitíssimo melhor, qualquer ponto pode ser rapidamente esclarecido, mas em ambientes como o Orkut, por exemplo, a coisa muda... é preciso refletir sobre a maneira como uma idéia será exposta, como os outros provavelmente poderão vê-la (afinal, só podemos supor mesmo) para deixá-la o mais clara possível. Quem escreve não pode se esquivar disto dizendo que quem for ler tem de se esforçar por compreensão, pois quem escreve tem de se esforçar por clareza.

Não que tal preocupação evite os desentendimentos, mas, provavelmente os diminui... bem, foi o que encontrei.

Um abraço.

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