'/> ·ï¡÷¡ï· V I D A Humana·ï¡÷¡ï·: Wladimir Guglinski

julho 31, 2005

Wladimir Guglinski

"Para fazermos uma previsão sobre o futuro da evolução da Humanidade, teríamos que faze-lo com base em considerações racionais. Mas o homem tem um comportamento irracional. Então como poderíamos prever racionalmente a evolução, se o comportamento humano, do qual depende a evolução, é irracional?

No final do Século 19 a Humanidade estava esperançosa. A tecnologia tinha alcançado um nível que prometia proporcionar uma vida confortável para todos. Acreditava-se que nunca mais haveria guerras.

O começo do Século 20 demonstrou o quanto estavam errados os idealistas do século anterior. Logo no começo do novo século, estourou a Primeira Grande Guerra. Depois de 20 anos sobreveio a segunda, a mais terrível que a Humanidade jamais vira. A tecnologia, que os idealistas imaginavam que seria empregada para promover o bem-estar, passou a atender aos fins militares. Assim que Santos Dumont alçou vôo, o primeiro pensamento dos militares foi o de transformar a invenção em arma de guerra. A ciência estava a serviço da destruição. A energia nuclear foi desenvolvida para arrasar duas cidades japonesas. Por proezas tais como a da bomba atômica e do extermínio em campos de concentração, e se a Humanidade sobreviver, no futuro o Século 20 será lembrado como o mais sombrio da História. Depois da Segunda Grande Guerra, não houve trégua: as guerras continuavam sobre a superfície de todo o planeta. Não há como fazer qualquer previsão.

Existe também a questão econômica. Veja, os povos lutam porque têm fome. Como têm fome, precisam de terra. Quem não tem terra, vai à luta. Sempre foi assim, desde a pré-história.

Alguns lutam depois que, saciada a fome, dirigentes megalomaníacos querem exacerbar seu ego, a pretexto de disseminar a cultura de seu povo sobre o globo, como Alexandre, César, Napoleão e etc. Paranóicos como Hitler ascendem ao poder, e homens como Bush são eleitos pelo povo da nação mais poderosa do planeta. O pacto de Kyoto é injusto, porque tenta salvar o planeta à custa de ameaçar o "american way of life".

Quando Napoleão encomendou um retrato a um pintor, o artista retratou-o jogando bilboquê, sendo que a esfera era o globo terrestre. Napoleão não percebeu a ironia, e ficou lisonjeado, pensando que o pintor quisera retratar o poder que Napoleão tinha nas mãos (de decidir o destino do mundo), porque não entendeu que o artista na verdade quis mostrar que o planeta era um simples brinquedo nas mãos de um lunático irresponsável. Se Bush encomendar um retrato, o artista vai ter que pintá-lo jogando nosso planeta em uma lata de lixo.

Como podemos prever o que nos reserva o futuro?

Qual a população mundial atualmente? Já nem sei, era de 6 bilhões há alguns anos atrás. Mas se todos os países do mundo tivessem o padrão de vida americano, o planeta hoje seria um grande depósito de lixo, e nem haveria mais sinal da camada de ozônio. No entanto, cada país subdesenvolvido do terceiro mundo sonha em atingir o padrão consumista dos EUA, pois considera-se que seja a solução para se erradicar a pobreza. Mas fatalmente, no ritmo em que estamos, isso vai custar a vida do planeta."

Estas palavras são do físico brasileiro Wladimir Guglinski em entrevista concedida ao site socultura. Guglinski defende um novo metodo de pesquisa que ultrapasse os limites dos atuais sistemas puramente materiais. Leia a entrevista completa acessando o lik abaixo.


Entrevista com o Cientista Wladimir Guglinski



Allan R. Régis
ar.regis@terra.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Só hoje, quase 2 anos e meio depois, vi um comentário seu no meu blog "Ai... Vida!".
Obrigada pela marca qeu deixou.
Que Deus abençoe este novo ano que lhe dará! :)
FELIZ 2008 com JESUS!
(Sara Capote - saracapote@hotmail.com)