'/> ·ï¡÷¡ï· V I D A Humana·ï¡÷¡ï·: A Harmonia da Criação.

agosto 26, 2007

A Harmonia da Criação.

Excerto do livro “por que vivemos após a morte”, de Richard Steipach.

Só a simples visão do firmamento estrelado ensina-nos que os corpos celestes descrevem as suas órbitas de acordo com leis imutáveis, leis essas que somente por este motivo podem ser por nós calculadas. Nisso, ou seja, nas leis que organizam e mantêm tudo o que existe e das quais também estamos rodeados, encontramos o apoio infalível que falta em todo o resto.

“O homem que conhece a Criação na sua atividade conforme às leis, logo compreende nelas a grandeza da Vontade Deus.” 
Abdruschin.

O fato de reconhecer esta Vontade de Deus é para nós inevitável. Mas não é isto estranho? Determinamos em nossos códigos penais que a ignorância das leis não nos livra das punições. Isto quer dizer que: quem contraria as normas existentes, tem que assumir as respectivas conseqüências e culpa sua se não adquiriu compreensão sobre estas leis.

Um exemplo: se concedermos a alguém a autorização para dirigir um automóvel, exigiremos que antes ele comprove, através de um exame, o conhecimento das leis de trânsito, porque achamos que, caso contrário, ele pode tornar-se um perigo para si e para os outros. Como somos racionais e compreensivos neste aspecto! Não nos ocorre que também o Criador pudesse ser tão sábio como nós e que este mesmo princípio em relação às leis desta Criação pudesse ser válido também para nós?

Mas o que fizemos até agora? Deixamos por conta dos cientistas ocuparem-se com estas leis, uma vez que as consideramos leis naturais. Na melhor das hipóteses, elas interessaram-nos quando pudemos tirar delas os ensinamentos destinados a nós como criaturas de espírito. Também assim opina o físico Walter Heitler, professor na Universidade de Zurique; “É tempo de começarmos a consciencializar-nos das questões metafísicas contidas nas leis da natureza.”

Somente nas últimas três décadas o nível dos nossos conhecimentos duplicou. Áreas especializadas começam a unir-se, começa a tornar-se visível uma grande unidade. Aqui e ali, encontramos já princípios de um pensamento universal. Cada vez mais se chega ao reconhecimento da veracidade da frase escrita, ja há muito tempo, na Mensagem do Graal: “Tudo na Criação é recíproco.” Também os cientistas falam de um mundo entrelaçado. Não podemos continuar a fazer de conta que esta obra de entrelaçamento não nos diz respeito. Nós estamos nela entrelaçados, não apenas de maneira físico-corpórea, mas também através da nossa existência como espíritos humanos, porque a validade contínua de todas as leis da Criação não pára diante de nós. Só que o efeito destas leis uma vez afeta o mundo terreno, outra a matéria fina, ou o espiritual, sempre de acordo com a natureza correspondente.

A física moderna está a caminho deste reconhecimento. Os seus mais importantes representantes como Bohr, Heisenberg, Pauli e outros, vêem no princípio complementar – comprovação de que as partículas mínimas de matéria se comportam uma vez como sólidos outra como ondas, ou seja, como algo não palpável – uma correspondência entre a relação corpo/espírito. Isto culmina na afirmação de que esta dupla natureza do homem reflete a dupla natureza dos elementos básicos de construção do universo e vice-versa. Assim também as ciências parecem admitir a transferência do que diz respeito as leis da natureza para as coisas espirituais. Há muito tempo que sabemos desta uniformidade; apenas a esquecemos.

Obs:
Relacionado a este “esquecimento”, vale citar uma história um tanto obscura a respeito das conversas pessoais de Freud. A discussão era com Ludwig Binswanger, psiquiatra suíço, fundador do movimento existencialista na psicanálise. Binswanger sentia que faltava algo na abordagem terapêutica de Freud. Eram muitos os pacientes que não melhoravam. Levantou então o problema da paralisia da análise com Freud.

“Será que não há uma deficiência espiritual?”, perguntou Binswanger com delicadeza, “a tal ponto que algumas pessoas não conseguem chegar a comunicação espiritual com seus analistas? Seria a falta desta comunicação o que lhes impedia a cura?” Para a surpresa de Binswanger, o velho homem prontamente reconheceu este ponto. “Sim”, disse ele, “espírito é tudo”.

Binswanger acreditou que Freud pudesse ter interpretado mal seu uso da palavra espírito, pensando talvez que ele estivesse referindo-se a algo ligado à “inteligência”. Mas Freud continuou.

“A humanidade sempre soube que possui espírito”, disse ele com firmeza. “Precisei mostrar que também há instintos”

Quando Freud procurou dar lugar aos instintos contra o pano de fundo do espírito, não previu uma época em que esqueceríamos totalmente o espírito. Não podia antever uma era onde os instintos reinariam supremos.

Continuar a Ser – Mark Epstein


Todos os senhores conhecem os tão verdadeiros e conhecidos ditados populares. "Conforme a sementeira assim será a colheita”, “Conforme fizeres aos outros assim receberás”, ou ainda, “Quem não quer ouvir o bom conselho, sofre as conseqüências”. São eles nada mais do que o resumo de experiências feitas pelo homem em relação a lei da reciprocidade, uma das leis mais importantes e básicas da Criação. Ninguém vai querer contestar que as imagens alegóricas acima citadas também contenham um sentido simbólico e que acontecimentos materiais e espirituais, neste caso, sejam conscientemente colocados no mesmo nível.

Somente há poucas décadas é que se reconheceu que esta lei tem mesmo um significado muito mais amplo. Nela está contida também uma auto-regulação, que garante, por fim, a continuidade de uma ordem imutável.

Norbert Wiener, o primeiro a possibilitar a utilização técnica deste principio, criou para isso o termo cibernética, derivado da palavra grega “kybernetes”, que significa “timoneiro”. Ao fazê-lo, ele teve consciência de que nas máquinas por ele idealizadas, nos computadores, ele imitava atividades próprias dos seres vivos. Por isso denominava a sua obra de: “Cibernética ou transferência de informação para seres vivos ou máquinas”. O que ele não pensou foi que tudo o que se desenrola no organismo vivo obedece simplesmente às leis da vida. E o que poderia ser mais vivo do que esta Criação, em toda a sua plenitude, repleta de movimento constante, do maior ao pequeno?! Pouco a pouco, então, chegou-se à conclusão de que em tudo são encontrados processos direcionais autônomos e isto não somente em toda a natureza, mas fatalmente inerentes também às instituições humanas, determinando até mesmo evoluções históricas e econômicas, estruturas sociais, diversões, linguagem, disposições legais e os relacionamentos humanos. Resumindo, nada existe que não tenha a sua origem na atuação destas regulações autônomas, simplesmente porque tudo é governado pela vitalidade desta Criação e, com isso, uma excelente possibilidade de demonstrar o que significa vir a conhecer a Criação nas sua leis. Os senhores verão quantas perguntas básicas nelas encontrarão resposta.

Fazemos uso dos princípios cibernéticos em todos os tipos de equipamentos automáticos e computadores de controle, sem os quais a nossa atual forma de vida dificilmente poderia ser imaginada. Os senhores não precisão ser técnicos para poderem entender o princípio contido nisto: o ligar a geladeira ou ar condicionado na temperatura desejada, o escolher um determinado programa para as máquinas de lavar roupa ou louça, ou ainda, combinar uma quantidade de dados por um cérebro eletrônico para manter um objetivo pré-determinado é simplesmente uma questão da ordem de grandeza, nunca do princípio. Certamente é do vosso conhecimento que tais equipamentos têm que ser “programados”. Tanto num caso como noutro, a essência deste princípio consiste somente na realização:

a) Absoluta.
b) Melhor possível.

Eis o que se procura em cada “programa”, em que todas as influências que interferem no seu decurso provocam uma reação automática que, por sua vez, elimina a interferência. E agora, senhoras e senhores, transfiram para toda a Criação este princípio que, como já disse, se encontra em todo o tipo de processos e que por nós apenas foi imitado tecnicamente. Diante disso, não nos parecem serem as leis da natureza, que nós apenas descobrimos e reconhecemos, não podendo, no entanto, modificar, o “programa” segundo o qual decorrem todos os acontecimentos do mecanismo da Criação? Mas de onde vem este programa? Evidentemente ele não surge por si só; como sabemos tem que haver um “programador”. Não nos deve, então, parecer ser o Criador Aquele que projetou este programa e o inseriu na Criação? E vejam: quando o homem programa um computador de controle, o faz de acordo com a sua vontade, isto é, introduzindo-a em forma de “programa”. Logo, o mecanismo do universo, operando de acordo com as mesmas leis de controle automático, contém consequentemente a Vontade de Deus; é a Sua Vontade que se nos apresenta como leis da natureza.

Lembrem-se então, por favor, de que faz parte da natureza dos mecanismos de controle automático garantir os melhores resultados finais possíveis. Se conseguimos isto em relação a um computador não teremos que concluir – transferindo a imagem ao grande quadro – que o mesmo também foi possível ao Criador? Isto é, que as Leis da Criação ou da natureza também prevêem o que há de melhor? Isto abre-nos assim um ponto de vista imenso e inteiramente novo, pois o melhor, o ótimo, é na verdade o máximo atingível e, por isso, o perfeito. Nestas leis da natureza manifestam-se, então, a perfeição de Deus. É também assim que se explica a sua imutabilidade, pois o que é perfeito não pode ser melhorado. Cada modificação só poderia significar desvantagem. Por este motivo apenas regredimos, sempre que queremos corrigir esta perfeição.

Mas não nos mostra isto também quão errada estava até agora a nossa imagem de Deus? Nela não há lugar para a idéia do “Velho Senhor”, que frente aos nossos pedidos e súplicas, concede gratuitamente piedade ou benesses. A imagem que, de forma inconfundível, o universo Dele apresenta é incomparavelmente maior, mais poderosa e mais sublime do que aquela que o nosso pequeno pensamento humano possa imaginar. Logo, a Onipotência de Deus não se manifesta num “poder fazer ou não fazer” que relacionamos com a nossa idéia de poder: é a Onipotência que, de acordo com a sua perfeição imutável, nada se pode opor de forma permanente.

Este é a lei básica de controle automático, que abrange toda a Criação e que visa eliminar, por sua vez, qualquer perturbação.
………….
“Aprendei a conhecer corretamente a Criação nas suas leis! Nela se encontra o caminho que conduz à Luz!"
Abdruschin.

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