'/> ·ï¡÷¡ï· V I D A Humana·ï¡÷¡ï·: A "Onda verde" - Sacolas plásticas

fevereiro 26, 2014

A "Onda verde" - Sacolas plásticas

A “onda verde”, do “ecologicamente correto” nos envolve com muita força.

Quase não fica aparente que, no fundo, não é propriamente a preocupação com o bem-estar do próximo, ou de modo mais amplo, com a vida no planeta em seus mais diversos aspectos, a motivação. Por certo, tais sentimentos existem, mas não influem nas políticas que nos regem, pelo menos não até o momento em que se possa, de alguma forma, lucrar, e muito, com tão belo ideal.

Abaixo, deixo uma reflexão de autoria anônima sobre um aspecto desta confusão.

Allan Roberto Régis.

plas1plas2plas3

                                 

   Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora.

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

- Talvez você esteja certo. – ela responde – Talvez nossa geração não tenha se preocupado adequadamente com o meio ambiente. Vejamos:

Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas umas tantas outras vezes.

Subíamos as escadas, porque não haviam escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Éramos adeptos das caminhadas e não utilizávamos o carro sempre que precisávamos nos deslocar dois quarteirões. Naqueles dias, sabíamos “pegar” bonde ou ônibus, utilizávamos as bicicletas ou íamos a pé para onde queríamos. Bicicletas movidas a gasolina, eram algo impensável em nossa época. Também não tínhamos o hábito de utilizar os pais como um serviço de táxi 24 horas.

Naquele tempo, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Utilizávamos energia eólica ou solar para secar nossa roupas, e não máquinas bamboleantes de 220 volts. As crianças utilizavam as roupas dos mais velhos, e não sempre roupas novas.

Naquela época tínhamos uma tomada em cada quarto, não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. Tínhamos uma TV ou rádio em casa, não uma TV e mais uma infinidade de apetrechos em cada quarto. E embora a Tv não tivesse o tamanho possível de ser encontrado hoje, correspondia a nossa expectativa. Atualmente, como descartar os trambolhos que nos cercam em apenas um quarto?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não haviam máquinas elétricas que fazem tudo por nós.

Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou outros produtos que duram cinco séculos para começar a degradar.

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. Embora houvesse certa dureza nas condições de vida, não procurávamos uma vida saudável, apenas indo a academias utilizar esteiras elétricas.

Bebíamos diretamente da fonte quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas? Recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Fazíamos o uso de navalhas, por exemplo, ao invés de ter de jogar fora inúmeros aparelhos “descartáveis” e poluentes, apenas porque a lâmina ficou sem corte.

Não precisávamos de GPS para receber sinais de satélites apenas para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, me parece estranho que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época.

Nenhum comentário: