Uma das características de nosso tempo é a ênfase à velocidade com que as coisas mudam. Tal velocidade dá mostras de um forte processo de busca por compreensão da vida em seus mais diferentes níveis e modos. Mas também exemplifica caminhos turvos, frutos da falta de clareza quanto ao quê se deva ou não buscar.
O anseio existe e motiva, porém, a compreensão exige algo mais.
Da confusão de informações surgem mestres, gurus, sábios, ou apenas seres humanos. Alguns compartilham o que a duras penas aprenderam, já outros querem aparentar um saber. Ao redor de cada um deles surgem simpatizantes. Alguns desses simpatizantes se sentem encorajados por aquilo que veem, outros buscam alguém que os possa guiar.
E assim a confusão se mantém como uma espécie de algema, e o único modo de destruir essa algema é vivificando aquele anseio original, imanentemente humano. A compreensão surge como efeito da força de vontade em prol de tal objetivo.
Assim, aos poucos, é possível perceber a realidade espiritual que nos rodeia. É possível perceber também que nem sempre um alto grau de desenvolvimento intelectual corresponde a um alto grau de conhecimento da vida. Em outras palavras, para se reconhecer Deus e sua Força no mundo não é preciso cursar faculdade alguma!
A distancia que a erudição estabelece não corresponde, ao mesmo tempo e medida, a realidade das coisas, pois a dificuldade que alguém possa ter para compreender certas expressões, pode representar apenas uma dificuldade de compreensão linguística, natural a quem não esteja afeito ao linguajar peculiar de uma área específica. E nesse sentido, com certeza, muita coisa não será jamais compreendida.
Valores eternos são compreendidos muito mais com o coração do que com o cérebro!
A firmeza de vontade para o bem, e o diligente empenho por pureza nos pensamentos são o caminho que garantem corpo e alma sadios e livres!
Allan Roberto Regis.
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