'/> ·ï¡÷¡ï· V I D A Humana·ï¡÷¡ï·: Feriadões no Brasil.

outubro 23, 2015

Feriadões no Brasil.

12112106_1026385464058360_714879795249309196_n

Embora tudo tenha aumentado de forma absurda (luz, combustíveis, comida), se tem tornado uma rotina esquerdistas defenderem a ideia de que não existe uma crise, pois nos feriadões há um grande fluxo de pessoas viajando... Então sobram fotos de estradas com enormes angarrafamentos.

O primeiro problema desse tipo de raciocínio é ignorar o efeito econômico da crise na geração de empregos, que no Brasil são na esmagadora maioria gerados por pequenas e médias empresas, e não por grandes grupos. Por aí já se vê a propaganda maliciosa do governo quando divulga a entrada de grandes empresas no Brasil.  O que seria mais vantajoso? Fortalecer as empresas internas ou abrir as portas para grandes empresas que só estão aqui por conta de grandes subsídios e mão de obra barata?

O segundo problema é ignorar que diante da pressão cada vez maior vinda dos grandes aumentos,  naturalmente cada cidadão queira, ao menos de vez em quando, sair e, de certa forma, descansar. Os feriados são esta oportunidade, e até onde sei, os feriados do ano já estão no calendário deste que o calendário foi impresso. Então, seria mesmo tão estranho que as pessoas tivessem a possibilidade de se planejar para uma viagem? Em várias cidades e, principalmente nas grandes capitais, quantas pessoas moram longe de seus familiares e aproveitam esses feriadões para visitar suas famílias? Esse movimento é argumento em favor de que não existe uma crise? Só se for para pessoas que estocam vento nas suas cabecinhas.

Mas o terceiro ponto é o melhor. Pois como se repete a exaustão que é a classe média que está contra o governo, então, essas postagens tem o objetivo principal de mostrar que a classe média reclama sem razão. Como se esse fluxo representasse uma espécie de êxodo migratório, fruto de abundância de capital... E é claro que esse tipo de discurso é repetido sem que se procure ao menos saber quem é a classe média segundo o governo.

Segundo o governo, a classe média (média/baixa, média/média, e média/alta) tem renda entre R$ 291 e R$ 1019.11139969_741274112672449_8140810515090159189_n

Pois é....

Será que os militontos de plantão agora conseguem entender o que o governo quer dizer quando afirma que  "A classe média do País representa mais da metade da população". (1) R$1019?

Não é estranho que mais da metade da população esteja na classe média e cerca de 50 milhões de pessoas sejam beneficiadas com o bolsa família? (2).

O bolsa família é um programa que visa auxiliar pessoas com baixa renda. O governo afirma que pessoas com rendimento de R$ 291 fazem parte da classe média. Quer dizer, temos pessoas com rendimento menor que a metade do salário mínimo e que são consideradas de classe média, em condições também de receber o bolsa família e outros programas assistenciais. Se a classe média começa com R$ 291 onde começa pobreza?

Como é que se pode levar a sério quem ignora essas coisas e quer fazer piadinha com o fluxo de pessoas em um feriadão? Não dá!

Allan Roberto Regis.

1 - Governo define a classe média.
2 -  Bolsa Família completa dez anos beneficiando 50 milhões de pessoas.

Conversas sobre esse texto.

Jogo político - Facebook.             Saber - Google+.

Nenhum comentário: