'/> ·ï¡÷¡ï· V I D A Humana·ï¡÷¡ï·: 2 trilhões em impostos!

janeiro 17, 2016

2 trilhões em impostos!

Enquanto o governo tenta de todas as formas nos convencer de que suas receitas tem caído, e por isso cortes de investimento nos mais diferentes setores tem sido feitos, o que vemos, de fato, é contínua quebra de recordes de arrecadação! Já passamos de 2 trilhões.

"Em 2012 foram arrecadados R$ 1,5 trilhões, em  2013 R$ 1,7 trilhões, em  2014 R$ 1,8 trilhões em 2015 já passamos dos R$ 1,9 trilhões. E notem o curioso, se você digitar "arrecadação de impostos 2015", várias notícias vão trazer um comparativo afirmando que a arrecadação, baixou.  Isso é mágico! (1)

E o que poderia ser feito com todo esse dinheiro arrecadado? Será suficiente para atender, deste que bem utilizado, as necessidades de investimento?

"Se fossem melhor aplicados, R$ 2 trilhões em tributos pagos pelas empresas e cidadãos seriam mais do que suficientes para atender às necessidades de todos os brasileiros" (2)
"...daria para se fornecer mais de 14 bilhões de bolsas famílias, adquirir mais de 1,66 bilhões de notebook's, contratar mais de 149,9 milhões de  professores do ensino fundamental por ano, construir mais de 21,7 milhões de quilômetros de redes de esgoto ou construir mais de 57,1 milhões de casas populares de 40 metros quadrados..." (2)

"os R$ 2 trilhões de impostos comprariam todas as ações das empresas na Bolsa e sobrariam ainda R$ 134 bilhões." (3)

E desse montante, qual é a participação percentual dos tributos Federais, estaduais e municipais?

" os tributos federais representam 65,95% dos R$ 2 trilhões arrecadados este ano, enquanto os estaduais equivalem a 28,47% e os municipais, a 5,58%."

E ainda querem resgatar a CPMF...

Allan Roberto Régis.

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Publiquei este texto na comunidade “Livres pensadores” no Google+ e, nos comentários, surgiram algumas indicações de site e novos comentários.

Leandro Grosselli – 09/01/16

Os banqueiros agradecem.
-
https://www.jurometro.com.br/

Allan Roberto Régis – 09/01/16.

Os conchavos que permitem aos bancos cobrarem juros absurdos são antigos e bem conhecidos. No entanto, os bancos não cobram juros para fornecer "educação", "saúde", etc. Eles cobram juros absurdos por serem ladrões protegidos por políticos corruptos igualmente ladrões.

O governo cobra impostos levantando a bandeira de que melhores serviços serão prestados. É esse o ponto. Os juros absurdos do banco, de certa forma ainda são opcionais para qualquer um de nós,  pois não somos obrigados a utilizar os serviços dele. Ao menos não a maior parte deles. Com os impostos o caso é diferente, eles são como o próprio nome diz, "impostos".

Se por um lado o nosso dinheiro vai pelo ralo com juros abusivos, por outro, vai também pelo ralo com o pagamento de imposto que não refletem no retorno esperado.

E a questão é que, se os bancos batem recordes de receita, o governo também os bate.
No site do impostômetro podemos ter acesso ao documento "Estudo comparativo 10 anos de impostômetro".  Na página 4 temos uma tabela com um comparativo que inicia em 1986 e vai até 2015 sobre quantos dias do ano nós trabalhamos somente para pagar impostos. Em 1986 trabalhávamos 2 meses e 22 dias, e deste de 2014 trabalhamos 5 meses... mas o governo precisa fazer ressurgir a CPMF, pois não tem dinheiro...

pois é...

Leandro Grosselli – 09/01/16

- http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/10/1689707-premio-nobel-ataca-elite-alienada-e-propoe-mais-impostos-para-os-ricos.shtml
-
http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121933009/quem-paga-menos-impostos-no-brasil

Allan Roberto Régis – 09/01/16.

Textos interessantes.

Os dois reforçam a ideia de que o problema real é distribuição, e não arrecadação. O segundo link é muito claro a respeito. O que torna os impostos absurdos não é o valor deles propriamente, mas a falta de retorno.  É pouco provável que alguém por aqui se incomodasse  de pagar impostos suecos deste que tivéssemos serviços suecos. Seria um toma lá, dá cá... mas em terras tupiniquins é apenas o "toma lá". Pagamos os impostos para termos os serviços que o governo não oferece, depois temos de pagar de novo para efetivamente podermos utilizar esses serviços.

E esse é o grande "x" da questão, pois a medida que o tempo passa, nos trabalhamos mais e mais, e o governo arrecada mais e mais, e depois inventa e divulga uma "diminuição de receita, querendo fazer de conta que o rombo que temos no Brasil não é fruto dos investimentos irresponsáveis, é fruto da "falta de receita"... Aí surgem ideias do tipo Fênix com a  CPMF (1), a taxação de grandes fortunas (2) etc.

Será que aquela imensidão de dinheiro investido na Copa do Mundo de 2014 não tem também uma parcela de influência na desgraça atual? Vamos lembrar 4 casos: O 1º é a Arena da Amazônia, com custo de R$ 605 milhões (3). O 2º é a Arena Pantanal, com custo de mais de R$ 600 milhões (4) . O 3º é a Arena Corinthians, com custo de mais de R$ 1 bilhão (5). O 4º é o Estádio Nacional de Brasília, com custo de R$ 1,6 bilhões, e previsão de retorno do investimento para 1000 anos! (6)

Enquanto isso, no site  Portal Brasil o governo anunciou o investimento de R$ 180 milhões no programa Mais Educação (7) . Com a sua Estatal Caixa investiu R$ 265 milhões em patrocínios a times de futebol (8).  Foram mais de R$ 5 bilhões somente ao metro de Caracas, na Venezuela. (9)  E incríveis US$ 1,5 bilhões de dólares para a Argentina fazer obras, empréstimo feito as vésperas da campanha eleitoral por lá... (10) E por aqui faltam notas de R$ 2 e R$ 5 pois o governo afirma não ter dinheiro para fazer novas notas... (11)

Ainda se pode também acrescentar a reflexão o modo como é feita a distribuição dos recurso Federais no Brasil.

O estado que menos pagou de 2002 até 2013 foi o Acre, com R$ 3,3 bilhões, curiosamente foi o que mais investimento recebeu, R$ 121,7 bilhões. (12) Ora, o que o Acre faz com esse dinheiro se não consegue nem ao menos gerar emprego para os imigrantes que recebe? Não seria muito mais útil para o país definir prioridades e investir de acordo com elas, ao invés de simplesmente inverter a tabela, onde quem menos produz tem direito a receber mais e mais?

Pois é....

E no meio de toda essa bagunça se quer fazer acreditar que o problema é a "falta de receita"...

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