'/> ·ï¡÷¡ï· V I D A Humana·ï¡÷¡ï·: Lei da reciprocidade.

fevereiro 04, 2008

Lei da reciprocidade.

Retirado do livro "As Leis Primordiais da Criação", de autoria de Susanne Schwartzkopff.
- http://mundo-nosso.blogspot.com/2008/02/as-leis-primordiais-da-criao.html

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Nós descrevemos acima como é o caminho normal previsto por Deus para o espírito humano. Infelizmente já há muito tempo o ser humano se desviou desse maravilhoso caminho cheio de luz e se envolveu no lodo e no matagal. Ele colocou sua própria vontade à frente da Vontade de Deus numa teimosa exigência. Ao invés de deixar-se levar pela força primordial das Leis da Criação, procurou colocar-se sempre de novo contra elas. A beleza e harmonia desejada por Deus se transformaram em toda parte onde o ser humano pôde desempenhar uma influência, em desarmonia e escuridão.

Cada pessoa sensata admitirá que por muito tempo isso não possa permanecer impune. A humanidade atraiu com esse agir uma reciprocidade que já se desencadeia com toda a impetuosidade sobre ela.

Com uma exatidão incomparável a Lei da Reciprocidade atinge cada ser humano, como também povos inteiros.

O que há então de importante com essa Lei?

Toda pessoa sabe que quando semeia trigo não poderá colher centeio ou aveia. Isso é totalmente impossível. Quem, porém, compreende que espiritualmente isso ocorre da mesma forma?

Se eu semear amor então colherei amor, se semear ódio então o ódio recairá sobre mim, e na verdade dez vezes mais forte do que quando partiu de mim, pois ele buscou fortalecimento da central de força de igual espécie.

Jesus expressou essa Lei numa monumental simplicidade com as palavras: "O que o ser humano semear, terá que colher!"

Essas palavras são, como todas as suas expressões, bastante abrangentes. Não se referem apenas ao fenômeno da Natureza, mas abrangem também toda a vida. A Lei expressa nessas palavras não pode ser contornada, posta de lado. Exatamente no tempo previsto ela se efetua, assim como a semente num determinado tempo surge como uma jovem planta sobre a terra.

A Lei da Reciprocidade ou da ação recíproca baseia-se na eterna exigência de Deus, do Criador, que apenas no dar se deve receber. O dar tem que ser sempre o primeiro, o que precede. E com nossas ações se dá o que exatamente se dá com nossos pensamentos. Também nossas ações, sim, já a vontade estando formada, é atraída para centrais de igual espécie e retorna de lá multiplamente fortalecida para nós. Nós permanecemos ligados com o que fazemos, como que por um firme cordão umbilical, até que a reciprocidade tenha se realizado e o fio que estava ligado possa cair no chão, extinto. Isto é nosso destino, também chamado de carma, o qual nós mesmos criamos através de nosso pensar, falar e agir. O que nós demos receberemos de volta, "a recompensa na mesma moeda".

A macieira está carregada de maçãs na época da colheita, o ser humano está carregado com os frutos de seu pensar e agir, e exatamente no tempo que aquilo que foi formado por ele está iminente para retroagir, atinge-lhe de forma fortalecida aquilo que ele deu outrora. Quer seja ainda nessa vida terrena, já no Além ou em uma nova vida terrena, é- lhe posto à mesa os frutos de encarnações muitas vezes bem remotas, frutos colocados diante dele com a advertência: "Veja o que fizestes! Resgate para que caia de ti e pereça e para que tu possas ascender para um melhor agir!

A Justiça exige de nós, que precisamos reparar o que fizemos de errado. Em nossa livre vontade repousa a resolução para cada pensamento, para cada ação! O ser humano deve se tornar um espírito livre, que tece ele próprio o tapete de sua vida, podendo entretecer, no meio dele, flores ou espinhos, conforme seu desejo. Esse tapete deve ser uma ínfima parte do grande tecer da Criação e se enquadrar harmoniosamente no grande padrão de florescimento. Se, contudo, tecermos no meio dele fios feios e sombrios, então eles perturbarão a harmonia e precisarão ser colocados de lado e tecidos novamente.

Deus, o Senhor, nos deu um poderoso auxiliador para isso: é a titânica força da boa vontade! Ela inflama nosso íntimo quando a estimulamos em nós, ela consome as escórias que oprimem nossa alma, ela nos soergue em direção ao céu! O amor nos vem ao encontro em todos os nossos caminhos, fortes auxiliadores ficam ao nosso lado, e o ser humano não poderia absolutamente despencar e cair, se ele não colocasse de lado propositadamente todos os auxílios!

Assim, todo golpe do destino é um progresso em nosso caminho da vida, pois ele serve para o resgate de culpas antigas. Ele não nos atinge, se não tivermos dado alguma vez ensejo para isso. Contudo, a radiação contrária da boa vontade constrói, protegendo, uma barreira em torno de nós, levanta-nos acima do âmbito de força da reciprocidade, de modo que ela se enfraqueça e por fim só se efetua simbolicamente, pois a força da boa vontade atrai semelhantes forças do Universo e pode, dessa maneira fortalecida, erguer-nos alto em direção à Luz, se permitirmos a ela.

Assim como na encarnação a Lei da Atração da Igual Espécie desempenha um importante papel, a reciprocidade, por outro lado, proporciona a volta à Terra para muitas almas, afim de repararem aqui e resgatarem o carma. Conforme a Lei, nossos fios do destino tecidos por nós mesmos nos guiam ao lugar, ao povo e à família, a quem estamos atados. Se eu tiver cometido uma injustiça contra um semelhante, então isso me conduzirá um dia infalivelmente para junto dele, quer seja nessa ou em uma outra vida, para reparar-lhe o que eu fiz contra ele. Fui eu desprovido de amor para com ele, então dessa vez se me oferece uma oportunidade para prestar-lhe um serviço em abnegado amor. Se eu, em alguma existência anterior, houver atormentado alguém através da ânsia pelo poder, então, dessa vez eu posso servi-lo, e assim por diante. Mesmo que também eu ainda deva um agradecimento a uma pessoa, me será dada a oportunidade de lhe agradecer de alguma maneira.

Sejamos, portanto, agradecidos por tudo o que podemos fazer de bom! Não sabemos se não precisamos praticar exatamente essa prestação de auxílio, essa ajuda, para amortizar uma velha culpa, e se um sacrifício de nossa comodidade, de nosso egoísmo não resgata algo decisivo. Não deixemos jamais passar uma oportunidade que se nos oferece para auxiliar, não afastemos nada de lado que se nos coloca no caminho. Muitas vezes não servimos com isso apenas a um semelhante, mas muito mais, muito mais a nós mesmos! Livres e leves nos sentimos de repente e não sabemos de onde vem essa leveza.

Contudo, ela não é nenhuma ilusão. Uma luta realizou-se, algo extinto caiu ao chão e nós ficamos libertos de um peso.

Portanto, não existem injustiças de nascimentos. Quer rico ou pobre, quer em circunstâncias favoráveis ou infelizes - nós mesmos é que damos o ensejo para isso e determinamos o local no qual podemos realizar um novo começo em uma nova vida terrena; ela é sempre aquela pela qual podemos reconhecer e amadurecer da melhor forma possível. Ela nos oferece exatamente as possibilidades que nós precisamos, e acrescenta o próximo degrau àquele que deixamos na vida passada! Nenhum degrau pode ser saltado! Se paramos num profundo degrau de desenvolvimento na última encarnação, então, dessa vez, precisamos continuar nossa ascensão exatamente do mesmo local.

Por outro lado, uma abreviação voluntária de nossa vida terrena não nos leva nenhum passo adiante no Além, não nos poupa nada.

Exatamente lá onde paramos de nos esforçar, precisamos continuar no Além e uma tarefa que não realizamos aqui, fica sempre de novo exigindo de nós a realização, se tivermos despido o corpo terreno.

Tudo é um único, grande e uno existir, perpassado pelas mesmas Leis!

Reconhecimento dessa inevitável "expiação obrigatória", a qual a justiça e a harmonia exigem no Universo, esclarece também o fenômeno muitas vezes tão misterioso de que pessoas realmente boas tenham que passar ainda por muito sofrimento e, às vezes, parece que se precipita uma avalanche sobre elas. O esclarecimento reside no fato delas ainda precisarem recolher uma colheita de outrora, amortizar velhas dívidas que, como agora elas aspiram pelo bem, lhe são conduzidas tão rápido quanto possível antigas exigências, uma após a outra, no caminho, para que se libertem delas o mais rápido possível. Então, chegará o dia em que a expiação obrigatória findará para cada um que coloca sua boa vontade como substituto.

Então poderemos respirar aliviados; livres da pesada carga lançar-nos-emos num novo caminho para cima, que conduz às Alturas Luminosas!

Quanto mais uma pessoa se esforçar pela verdade, pela pureza, em resumo, pela Luz, tanto mais fino e mais leve torna-se seu corpo de matéria fina, o invólucro que o espírito traz consigo quando ele despe seu invólucro de matéria grosseira, seu corpo terreno.

Contudo, quanto mais ele pender para o que é terreno, ansiar por coisas e prazeres terrenos; tanto pior é sua vontade, tanto mais denso e com isso mais pesado se torna seu corpo de matéria fina.

Poderosamente, então, se efetuam nele outras Leis da Criação:


* As Leis da Gravidade e do Movimento.

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